sexta-feira, 25 de junho de 2010

PAÍS BRASIL... NAÇÃO FUTEBOL!

Um país, de uma forma geral, é um território social, político, cultural e geograficamente delimitado. A maioria dos países é administrada por um governo que mantém a soberania sobre seu povo e seu território, garantindo assim o funcionamento e a ordem do fluxo de atividades que envolvem a sua economia e a sua sociedade. Essa é a definição correta para um Brasil, autônomo, independente e soberano.
Temos um território vasto de multiculturas e raças que, juntos, formam um povo rico e alegre. Mesmo com divergências em opiniões o país tem por característica o patriotismo por seu estado e conduta deste. Ai de quem tente invadir seus direitos ou tomar parte do que se chama”nosso”. Pega-se em armas, se vai a batalha. Enfim, o país tem porque existir. É orgulho as cores verde e amarelo.
Já nação é a reunião de pessoas, geralmente do mesmo grupo étnico, não necessariamente como acontece no Brasil, falando o mesmo idioma e tendo os mesmos costumes, formando, assim, um povo.
Mas, a rigor, os elementos território, língua, religião, costumes e tradição, por si sós, não constituem o caráter da nação. São requisitos secundários, que se integram na sua formação. O elemento dominante, que se mostra condição subjetiva para a evidência de uma nação assenta no vínculo que une estes indivíduos, determinando entre eles a convicção de um querer viver coletivo.
Esse sentimento de nação no Brasil só acontece de quatro em quatro anos. É o momento do Campeonato Mundial de Futebol, a Copa do Mundo. Nesse momento o brasileiro, mesmo os naturalizados, se unem em um único bem coletivo: torcer pela Seleção Brasileira. Não se distingue o torcedor palmeirense do corintiano, o flamenguista do vascaíno, todos vestem a mesma camisa verde e amarela, torce pelo artilheiro do time rival nacional, o que não aconteceria em um campeonato de cunho regional ou nacional. É impressionante como nesse momento de Copa do Mundo todos são um: Brasil. Nada mais importa.
Não existem partidos políticos, muito menos sessão parlamentar. Ou melhor, tem sim, mas durante a euforia do povo, à surdina da emoção que envolve o povo e tudo passa despercebido. Exemplo é a recontratação pelo senado de mais mil e duzentos funcionários terceirizados ao custo de mais de dois milhões de reais ao mês para os cofres públicos, o bolso do contribuinte. É o efeito Copa.
Só nessa época é que o brasileiro se une. Só nessa época a casa fica desguarnecida porque todos estão vibrando com a camisa verde amarela. É a hora que o ladrão de colarinho branco faz a festa. Como se diz em bordão de rodéios “é a hora que o filho chora e a mãe não vê”. Se o brasileiro tivesse esse mesmo espírito nacionalista na hora de votar, se os políticos tivessem esse mesmo espírito nacionalista na hora de governar e se todos, todos mesmo, se tornassem nacionalistas a cada milésimo de segundo de vida neste país Brasil, as decisões seriam mais fáceis e de maior alcance. Não existiria disputas de partidos, pois todos teriam um só objetivo. Seriam cento e noventa milhões de brasileiros em ação, gritando “prá” frente Brasil, salve nossa nação!
É o país Brasil vivendo um raro momento de nação, uma nção de chuteiras. São quase quarenta dias em que todos os brasileiros são iguais, sem distinção de classe, cor, sexo, religião ou opinião. Todos são brasileiros de coração verde e amarelo. Se a seleção canarinho ganha, ganham todos. Se perde, choram todos. Mas só neste momento, porque depois volta tudo ao normal. Cada um por si e Deus por todos.

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