quinta-feira, 1 de setembro de 2011

PROJETO SAÚDE INTINERANTE RURAL: DIAS MELHORES VIRÃO

O Programa de Saúde da Família (PSF) não é novidade em muitas cidades do Brasil, como não o é na pequena cidade do Sul de Minas Gerais chamada Cambuquira, mas o PSF Rural desta cidadezinha, na coordenação da enfermeira Cynthia F. Penha Alves inova.
A interação com a comunidade rural já vem sendo feita há tempos através de festas em datas especiais como nas festas juninas, Dia das Crianças e outras com o objetivo de aproximar mais a comunidade rural e mostrar que a prefeitura com o seu departamento de saúde estão pertos da comunidade. Essa interação surte efeito e todos sentem os efeitos com esta demonstração de carinho.
O PSF Rural vai mais longe. A preocupação com problemas que atingem a sociedade como um todo, mais especificamente os jovens, vem fazendo palestras em dois tópicos que vem assolando a juventude brasileira: a gravidez precoce e o uso de drogas ilícitas.
O pensamento sempre é prevenir e não remediar. Com esse objetivo as palestras têm direcionado aos jovens um atendimento preventivo. Esse trabalho é desenvolvido junto à comunidade rural onde as informações são mais precárias. A receptividade por parte da população tem superado as expectativas, principalmente junto à entidade que reabilitam ex-drogados. Junto a esta entidade o trabalho vai além de uma simples palestra. É prestado um serviço de assistência e fornecimento de literaturas que beneficiam e auxiliam ao tratamento. Sem preconceito ou pré-julgamento, o PSF Rural tem trabalhado para que cidadãos, cambuquirenses ou não, que recebem este tratamento sejam pessoas dignas e respeitadas.
Diante de um trabalho preventivo, a enfermeira Cynthia inova mais uma vez. Traz para a cidade de Cambuquira, a segunda cidade em Minas Gerais e a sexta no Brasil segundo pesquisa no Google até a presente data, o PROJETO SAÚDE INTINERANTE RURAL.  O projeto consiste em levar aos trabalhadores rurais assistência médica básica no próprio local de trabalho destes. É notória a dificuldade dos habitantes camponeses o acesso à saúde devido ao seu tipo de trabalho e locais em que residem. Então “se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé”. Literalmente todos os serviços que poderiam ser encontrados no posto de saúde de uma comunidade rural são levados ao trabalhador rural onde ele estiver, é a montanha indo até Maomé na prática.
Graças a um trabalho eficaz da enfermeira, os proprietários rurais têm apoiado o projeto que teve início neste mês de Agosto e expressaram o desejo da continuidade do projeto inovador da enfermeira.
O PROJETO SAUDE INTINERANTE RURAL de Cambuquira já tem um lema que é uma promessa a todos os trabalhadores rurais que precisam ou não de uma assistência médica: “DIAS MELHORES VIRÃO”. Essa é uma esperança e um desejo de todos, ruralistas ou urbanos. O PSF Rural, com a iniciativa e visão da enfermeira Cynthia F. Penha Alves, deu apenas o primeiro passo de muitos necessários para vencer o descaso com a saúde pública.



Parem o mundo que eu quero descer!



“Pare o mundo que eu quero descer!” Assim diz a canção de nosso quase conterrâneo Silvio Brito, que diz ser de Varginha, mas na realidade ele é de Três Pontas, só se mudou para Varginha aos 6 meses... Como se essa informação fizesse diferença! O fato é que essa música gravada lá pelos anos 80 do século XX tinha um pedacinho que dizia: -“... Tem que pagar para nascer, tem que pagar para viver, tem que pagar para morrer!” Isso realmente é loucura e olha que pagar para morrer é mais caro que pagar para nascer. No entanto hoje isso não é tão loucura quando comparado com o resto que anda acontecendo por esse mundão sem porteira.
Em um e-mail com texto de autor desconhecido eu li que minha infância foi de heróis esquisitos, tais como um homem que voa de capa azul com a cueca sobre a calça, uma mulher anoréxica tida como modelo de beleza adorada por um marinheiro que coloca uma erva estranha no cachimbo para ter super-poderes, um casal que hoje dizem serem gays inspirados em morcegos e por aí vai. Também acho que ainda é pouco para me desesperar, afinal tinha outros heróis que eu admirava e adorava imaginar sendo um deles. Como os policiais, por exemplo.
Existia uma brincadeira na hora do recreio, hoje se diz intervalo, na escola em que se dividiam dois grupos de meninos em “Polícia e Bandido”. Ninguém gostava de ser o Bandido, era humilhante e denegria a imagem da molecada, mas no final fazíamos sorteio e tudo dava certo. Hoje ser bandido é ser exemplo de como ganhar dinheiro e se tornar famoso, ou seja, acabam por se tornarem heróis. Em outro artigo (O Doce Veneno do Escorpião) já havia citado que uma ex-prostituta se tornou consultora de casais para “apimentar” e salvar o casamento, seu filme foi sucesso de bilheteria e seus livros foram publicados em mais de trinta idiomas. Agora vem o filme “O Assalto ao Banco Central” como promessa de sucesso de bilheteria. Continuo a achar um absurdo a forma como tudo o que é errado seja usado como parâmetro de sucesso no Brasil. É, Silvio Brito, realmente “ta tudo errado, desorientado segue o mundo”.
Um pai que abraça o filho em público é espancado por homofóbicos que, ao que parece, nunca foram acariciados por seus pais, que não sabem o significado de amor entre pai e filho. Talvez seja por isso que se tornaram as pessoas que são. Se tivessem recebido amor paterno entenderiam que a vida é feita de amor, quer seja entre pai e filho, quer seja entre as pessoas. Como é que ninguém joga pedra em Caetano e Gil quando se beijam nos palcos? Por que não fazer movimentos contra pais que não dão carinho aos filhos? Isso sim é preocupante.
E na política então? Quanto mais escândalos, mais se aparece na mídia, logo se tornam mais conhecidos. Na hora da eleição o nome soa conhecido e eleitores se lembram disso, mas esquecem os seus atos, os atos desses políticos. Depois jogam pedra no Pelé, esse sim nosso conterrâneo, quando diz que “o brasileiro tem memória curta”. Um vereador, ou vereadora que se habilita a fazer o papel que lhe é devido, inspecionar o poder executivo, é criticado, ou criticada porque estão “xeretando demais”, enquanto outros se bandeiam para lados que lhe oferecem mais ou posição de mais destaque pessoal. É a venda das cadeiras pelo clientelismo tão comum no Brasil. Quando nem isso dá certo, então se cria um partido. Agora querem impor o voto por partido, onde o partido escolhe uma lista e o eleitor vota na lista e não no candidato, isso significa que é o partido que escolhe quem assumirá a cadeira. Isso é democracia?
Diz aí, Silvio Brito: “-Tá tudo errado, tá tudo errado! Olha aí! tá vendo?
Tudo errado!Tudo errado!”
Parem o mundo que eu quero descer desse carrossel com música macabra

SIM, SIM... NÃO, NÃO...


Esse título não tem redundância, é parte de um texto bíblico que se encontra na íntegra em Mateus capítulo 5 versículos 33 a 37. Acho que muitos políticos deveriam seguir esse ensinamento do grande mestre Jesus Cristo. Porém, o conceito de ética e compromisso anda em queda livre não só no meio político como em grande parte da sociedade.
No caso da política, as promessas são para quatro novos anos... Quatro longos anos. E aí? Como fazer se o tempo está acabando e as promessas continuam nas gavetas? Não seria melhor não prometer?
É preciso primeiro entender o que é política, coisa que muita gente – e político – não sabe. Então cabe aqui uma explicação, um esclarecimento sobre o que é Política e o que é um Político.
O termo política é derivado do grego antigo politeía, que indicava todos os procedimentos relativos à polis, ou cidade... Ciência do governo de instituições relativas ao Estado; conjunto de regras relativas ao exercício de administração pública; arte ou habilidade de governar bem; conjunto de objetivos que orientam a administração de um governo (plataforma); conjunto de objetivos que orientam a execução... Essas definições de Política se encontram em dicionários comuns. Mas o que vem mesmo a ser, na pratica Política?
Na filosofia aristotélica a política é a ciência que tem por objeto a felicidade humana e divide-se em ética, que se preocupa com a felicidade individual do homem na poli= cidades, e na política propriamente dita que se preocupa com a felicidade coletiva.
Como podemos ver, a essência da Política é governar para que toda a polis, cidade, se sinta bem, feliz com o que tem e com o que recebe. Não tão simples como sentar em uma cadeira e achar que tem o poder. Poder só serve para a infelicidade própria e coletiva, no caso aqui da polis. E como isso é possível? É possível com os políticos que sabem o que é ser um Político verdadeiro. Então vamos entender o que ser Político.
Definição de Político: um Político é um indivíduo ativo na política de um grupo social. Pode ser formalmente reconhecido como membro ativo de um governo, ou uma pessoa que influencia a maneira como a sociedade é governada por meio de conhecimentos sobre poder político e dinâmica de grupo. Essa definição inclui pessoas que estão em cargos de decisão no governo, e pessoas que almejam esses cargos tanto por eleição, quanto por indicação, fraude eleitoral, hereditariedade, etc.
Se um Político é uma pessoa engajada na Política, conclui-se que o objetivo do Político é levar a satisfação a toda polis, sem visar benefício próprio ou em defesa de causa própria.
Um prefeito e vários vereadores são eleitos democraticamente, isso quer dizer que o povo de uma cidade, na sua maioria, elegeu alguém que lhe traga felicidade, conforto, realizações coletivas.
 E agora senhor prefeito? E agora senhores e senhoras vereadores e vereadoras? O que vai ser de nós, pobres mortais que confiamos em suas mãos o poder de governar uma cidade, uma polis? Vocês têm dois caminhos somente: governar seguindo a raiz da verdadeira política aristotélica e levar a felicidade a toda polis, ou deixar que os derrotados se vangloriem dizendo que “se fosse eu não teria acontecido isso ou aquilo”, ou seja, dar a vitória para os derrotados.
A razão para tanta repetição do termo polis é que a intenção é deixar claro, bem claro que na  Política e no Político não cabe o conceito “eu”, mas “todos”.
Obras que aparecem podem trazer uma falsa impressão de que algo bom está sendo feito, porém são aquelas obras que poucos vêm é que são importantes. Pois de nada adianta ruas bonitas ou prédios pintados e reinaugurados se o povo não tem educação digna, não tem saúde garantida, professores valendo menos que merecem e estudantes recebendo pouco porque é o que tem dentro de condições educacionais obsoletas. Onde estão as promessas de educação e saúde gritadas aos quatro ventos nas campanhas de outrora? Pois é.
“Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna”. (Mateus 5: 37)
 
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