Nas corridas de cavalo existe o
cavalo chamado Azarão, é aquele que corre por fora sem ser chamado de favorito,
mas que acaba levando o prêmio pagando alto para quem aposta nele. Normalmente
ninguém repara nesse cavalo. Passa despercebido, o jóquei não dá entrevista
cantando vitória e o dono nem vai ao páreo para vê-lo correr. Mas ganha... E
ganha bonito para entrar no rol da fama saindo do nada, chegando atrasado,
longe dos holofotes.
Parece que em nossa cidade o
azarão tem nome e sangue vencedor. Vanda Maciel, com sangue PT. E ainda carrega
uma tendência que parece vir tomando conta do planeta: a mulher no poder. Para
arrepiar ainda mais os cabelos – daqueles que tem – dos adversários, basta lembrarem
que temos uma presidente no poder do Brasil e que não por acaso também é do PT
– Partido Trabalhista. É uma força considerável. Será que tem chance essa
“azarão”? Vejamos.
Caríssimo eleitor tricordiano,
repassemos o que acontece nas campanhas de Três Corações e com os candidatos ao
executivo.
Há uma forte corrente contra na
navegação rumo ao poder executivo em nossa cidade. Candidatos envolvidos em
escândalos, quer seja em nossa cidade, quer seja em cidade vizinha ou ainda a
nível nacional. Quanto à veracidade dos fatos isso é plausível diante das
provas e processos em
andamento. Por outro lado, os que não estão envolvidos em
escândalos parecem que morrem pela boca. Falam demais, aprontam demais e fazem
de menos. É preciso analisar os que querem voltar, os que estão dentro e os que
querem entrar. Qual oferece menos risco em uma aposta? Ou melhor, que merece
mais confiança já que votar não é e nem deve ser considerada uma aposta, pois é
o destino da cidade e de seus habitantes que temos em nossas mãos, na ponta de
nossos dedos ao confirmarmos nosso voto. Não é possível titubear e “pagar para
ver”.
Aos que estão dentro, tanto
executivo quanto legislativo, seus atos falam por si. Muita coisa foi feita,
não há como negar, mas conduziu a que? Conduziu sim. Asfalto, asfalto e mais
asfalto – que se solta quase que imediatamente para poder ser recolocado
estrategicamente - conduziram carros particulares às ruas enquanto transporte
urbano foi retirado das paradas no centro para que tais carros pudessem
trafegar melhor. E a população que caminhasse mais até um ponto de parada de
ônibus que lhe servisse. Quem tem carro não precisa desse esforço, pois pode
parar onde quiser, quando e quanto quiser que os “azulzinhos” tomam conta,
valendo usar as faixas de pedestres como estacionamento exclusivo. O ponto de
ônibus para São Tomé das Letras agora é panorâmico. Os usuários se bronzeiam
quando tem sol e se refrescam quando tem chuva, pois a antiga rodoviária foi
removida para dar espaço a uma praça e um contorno que os motoristas de ônibus
e caminhões utilizam para exercitarem os bíceps para contorná-la. Seria o
responsável pelo trânsito tricordiano adepto da malhação mesmo que
involuntária? E o legislativo preocupado em construir uma escola legislativa de
utilidade duvidosa. Legislativo este que pode se contar nos dedos das mãos os
benefícios – se é que houve, mas para não cometer injustiça deixemos a frase
assim mesmo - trazidos para a cidade e a população. Mais parece a casa da
Barbie, esta está sempre presente mesmo. Pouca ação para quem quer ficar.
Há dois anos a população dos
bairros Jardim Fabiana e Vila Rezende vem pedindo a canalização do esgoto que
corre a céu aberto cortando os bairros e até o presente nada foi feito, pelo
contrário, os manilhões que lá estavam deixados pela gestão anterior foram tirados
porque não queria que se continuasse a obra do gestor anterior. E a população
dos bairros mais afastados continuam a ver navios, principalmente na época de
chuva.
Os que querem entrar para este
“farto negócio” chamado poder político, o leitor já sabe bem o que anda
acontecendo. No entanto vale ressaltar a falta de palavra e de compromisso tão
alardeado. Aquele que trai antes pode muito bem trair depois. Se há acusação
vale lembrar-se de outro velho ditado: “onde há fumaça, há fogo!” O leitor não
pode e nem deve ser um bombeiro social ou um cego que não quer ver. Tentar
maquiar a situação só traduz a personalidade destes. Abandonar partido ou
decisão partidária, refutar nos acordos feitos e aderir àqueles que parecem
mais fortes não é exemplo de ética. Será que é normal um torcedor fanático
trocar de time a cada vez que este não tem chances de ser campeão? Claro que
não. “Torcedor” fiel fica com o time até quando é rebaixado, não passa para o
lado do adversário por nada. Não se troca ideologia por possível cadeira no
poder. Isso é baixaria, imoral e devastador para uma carreira política.
No meio do fogo cruzado, resta ao
eleitor analisar o que resta, não escolher entre os piores o melhor, mas aquele
que melhor usa o poder, o mais humilde a ponto de não precisar ir para as
esquinas de gritar em alto e bom tom o que é, faz ou pretende fazer. Plano de
ação é colocado em prática e quem já teve esta chance e não fez, então é hora
de sair. Tiveram sua chance e não aproveitaram mesmo. É hora de o eleitor
provar que brasileiro NÃO tem memória curta. De ser um ser pensante e atuante.
Traidores, falsos, inativos, inescrupulosos, bairristas, egocêntricos,
“patricinhas” e “mauricinhos” está na hora de ficarem de fora.
Cabrito bom, não berra. Azarão
também ganha corrida e faz a felicidade de quem acredita nele.
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